6 anos de um vitral em movimento


Imagine um vitral antigo.
Nenhum pedaço de vidro é igual ao outro, cada cor vem de um tempo, de um gesto, de uma temperatura diferente de forja… e quando a luz atravessa, esses fragmentos se tornam desenho. O que parecia caos vira imagem viva, que nunca é fixa, porque a luz do dia muda, o olhar também.
Na crônica “O Vitral”, Rubem Alves fala da vida assim como um desenho incompleto, feito de cores que só brilham quando o sol atravessa, com pedaços quebrados que nunca voltam ao lugar, onde podemos nos reconhecer.
A Bakka, nossa ferramenta de arquétipos, está fazendo 6 anos [uhuuul! confetes, balões e palmas] e é exatamente isso: um vitral de diferentes ideias, perspectivas, símbolos e culturas que, quando combinados, ajudam marcas a se enxergarem, abrirem novos ângulos de luz e novas perspectivas para discussão.

Antes de entender a Bakka, é preciso voltar à própria ideia de arquétipo.
O termo surgiu na filosofia de Platão, no conceito de mundo das formas, modelos perfeitos e eternos que inspiram a realidade sensível. Séculos depois, Jung levou esse princípio para a psicologia, descrevendo arquétipos como estruturas universais do inconsciente coletivo: padrões de imagem e comportamento que atravessam culturas e épocas, despertando emoções e reações semelhantes em pessoas distantes no tempo e no espaço.
Essa visão ganhou novas camadas com outras pessoas importantes como: Freud, ao propor Id, Ego e Superego; Caroline Myss, com seus 74 arquétipos; Robert Moore, com as energias masculinas; Jean Bolen, com as deusas gregas e seus modos de agir no mundo; Margaret Mark e Carol S. Pearson, com O Herói e o Fora da Lei…
Um arquétipo, portanto, não é um personagem fixo nem uma receita. É um padrão simbólico suscetível a mudanças, que se atualiza de acordo com a cultura e se manifesta em histórias, imagens, marcas e comportamentos.
A Bakka reorganizou essas referências em um método próprio, mais próximo da prática estratégica e atento às transformações culturais do que modelos engessados. A lógica é a mesma de um vitral. Cada arquétipo é um pedaço que carrega memória, e o desenho final depende de como esses fragmentos se unem.
Em vez de encaixar uma marca em um único tipo, a Bakka trabalha com 60 arquétipos organizados em 12 classes principais e 48 sub-arquétipos, oferecendo um repertório muito mais amplo do que os modelos tradicionais.

Ao explorar combinações, mostra que uma marca pode ser, ao mesmo tempo, Artista, Rebelde, Valente e Caminhante, assim por diante. É dessa mistura que surgem identidades mais potentes, capazes de refletir a complexidade de quem as cria e de quem as vive.
Na prática, a Bakka é uma forma expandir o olhar para aquilo que achamos ter apenas uma definição, atuando como ferramenta de mapeamento de imagens arquetípicas, diagnóstico e também guia criativo.
Com seus cards [físicos e digitais] é possível identificar arquétipos dominantes, explorar combinações, criar narrativas e desdobrar linguagem, campanhas e produtos. Ao lidar com símbolos, a ferramenta alcança níveis de significado que permanecem relevantes mesmo quando as tendências mudam.

Essa estrutura só foi possível porque a Bakka nasceu do encontro de muitos olhares. Desde a versão inicial, o processo reuniu estrategistas, designers, pesquisadores de mitologia, cultura pop e tecnologia. Cada pessoa trouxe um fragmento: teorias, estéticas, experiências de mundo.
Entre essas contribuições, referências asiáticas tiveram papel importante. A cultura pop japonesa [de Akira a Neon Genesis Evangelion] alimentou a linguagem visual e a ideia de que tecnologia e mito se misturam.

O próprio nome carrega essa ponte. Bakka brinca com “aka” [“também conhecido como”] e com baka [bobo, em japonês], sinalizando ironia e multiplicidade.
Essa influência também vai além da estética, incluindo conceitos filosóficos como o budismo e o taoísmo, com sua noção de impermanência e interdependência, que dialogam com o coração da ferramenta.
Assim, a Bakka se construiu como um vitral que não se limita a um eixo cultural, mas se abre a diferentes tradições, combinando diferentes perspectivas para ajudar a pensar marcas de um jeito plural.
6 anos depois do seu lançamento, a Bakka segue em construção, para auxiliar na busca por novas visões e pela destruição do que está posto como norma. O resto é trabalho e deixar a luz atravessar até que ele tome forma.
E aí, que tal juntar a sua perspectiva à nossa?
Setembro é mês de festividades por aqui e durante todo o mês [09/25], a Bakka está com um super desconto de 30% na Lojinha Feia. Acesse lá e, se fizer sentido, adquira a sua [ou compartilhe sua história com a Bakka pra comemorar com a gente]!
